NOTÍCIAS
Judiciário do Maranhão discute ampliação da rede de Escritórios Sociais
20 DE JUNHO DE 2022
A Unidade de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) promoveu reunião, no dia 2 de junho, para tratar da ampliação dos Escritórios Sociais no estado. O encontro contou com a presença do coordenador do Eixo de Cidadania do programa Fazendo Justiça, Felipe Athayde, e da supervisora do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Melina Miranda.
Os Escritórios Sociais são equipamentos públicos que atuam por meio da articulação entre Judiciário e Executivo para oferecer serviços especializados a partir do acolhimento de pessoas egressas do sistema prisional e seus familiares, permitindo-lhes encontrar apoio para a retomada do convívio em liberdade civil. Felipe Athayde explicou que o procedimento para implantação dessas unidades no Maranhão é simples, a partir de manifestação de interesse das prefeituras. Elas vão contar ainda com apoio técnico, supervisão e formação das equipes pelo CNJ, em cooperação com o TJAM e a Secretaria estadual de Administração Penitenciária. “Os efeitos desse serviço é o mais importante, pois o Escritório Social ocupa um lugar estratégico entre o Judiciário e as pessoas em privação de liberdade, que pode resultar na melhoria do atendimento que a prefeitura presta a qualquer cidadão ou cidadã e por meio dos quais poderemos medir o impacto na segurança pública e prevenção da violência.”
Melina Miranda explicou que o CNJ busca promover alinhamentos para garantir o funcionamento dos serviços de acordo com a Resolução n. 307/2019, por meio de uma visão completa do ciclo penal, desde a porta de entrada – com as audiências de custódia, justiça restaurativa e alternativas penais -, passando pela execução da pena, até a porta de saída, com os escritórios sociais. “Essa é a primeira vez que o CNJ dialoga de forma ampliada com magistrados e magistradas de um estado a respeito da política dos Escritórios Sociais.”
O juiz coordenador da Unidade de Monitoramento do TJMA, Douglas de Melo Martins, esclareceu aos juízes e juízas o papel institucional no fomento à implantação dos escritórios sociais e que tomará a iniciativa de dialogar com os demais órgãos para buscar a adesão ao Termo de Cooperação. “É importante uma atuação interinstitucional com o objetivo de fomentar essa política tão relevante para a sociedade e para as pessoas em situação de privação de liberdade.”
O presidente da Associação dos Magistrados do Maranhão (AMMA), juiz Holídice Barros, também avaliou como fundamental a discussão a respeito da execução penal para a concretização de direitos e impacto na segurança pública. “Uma execução penal que cumpre os requisitos legais é fundamental para reduzir os índices de reincidência criminal e combater o aumento da criminalidade.”
O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT), Luciano Aragão Santos, afirmou que o órgão atua na reinserção de pessoas em situação de vulnerabilidade no mercado de trabalho e na garantia de segurança e saúde no trabalho, inclusive para as pessoas egressas do sistema prisional, contribuindo com a melhoria da segurança na sociedade. “O egresso normalmente sai do sistema em situação de vulnerabilidade com pouca ou nenhuma profissionalização e sem oportunidade de trabalho, sem falar na discriminação que existe contra essas pessoas.”
O fomento à expansão e qualificação dos Escritórios Sociais é uma das frentes de ação do programa Fazendo Justiça, desenvolvido pelo CNJ e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que atuam em parceria com poderes locais para funcionamento das unidades, ainda com apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Essas unidades oferecem serviços especializados a partir do acolhimento de pessoas egressas do sistema prisional e seus familiares, permitindo-lhes encontrar apoio para a retomada do convívio em liberdade civil. Atualmente, existem 35 Escritórios Sociais pactuados em 22 estados.
Fonte: TJMA
The post Judiciário do Maranhão discute ampliação da rede de Escritórios Sociais appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Anoreg RS
Tribunal confirma validade de penhora do bem de família dado por fiador em garantia de locação comercial ou residencial
21 de junho de 2022
A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob a sistemática dos recursos especiais repetitivos...
Anoreg RS
Ação de usucapião não depende de procedimento extrajudicial prévio
21 de junho de 2022
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que o ajuizamento de ação de usucapião independe...
Anoreg RS
Informativo de Jurisprudência do STJ destaca penhora de saldo em conta corrente conjunta
21 de junho de 2022
Penhora de saldo em conta corrente conjunta. Extensão. Presunção relativa de rateio em partes iguais....
Anoreg RS
Quando se configura a união estável e como oficializar?
21 de junho de 2022
O Brasil atualmente reconhece duas formas de se constituir uma família, a primeira delas é através do casamento...
Portal CNJ
Mortes na Amazônia: CNJ vai atuar para melhorar infraestrutura de comarcas
21 de junho de 2022
A melhoria da infraestrutura de comunicação da comarca de Atalaia do Norte (AM) foi um compromisso assumido pelo...