NOTÍCIAS
Judiciário do RJ vai implantar ação de identificação para pessoas presas
05 DE JULHO DE 2022
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) é o primeiro do Sudeste a aderir à Ação Nacional de Identificação e Documentação Civil de Pessoas Privadas de Liberdade, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Um dos eixos estruturantes do programa Fazendo Justiça, o termo foi assinado na sexta-feira (1º/7). A ação é voltada à promoção da cidadania e garantia de documentação civil para a população carcerária por meio de identificação biométrica.
Supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do TJRJ, o desembargador Marcus Henrique Basílio destacou a importância da oficialização para que a intenção saia do papel e se concretize. “Não bastam emissões de resoluções, recomendações, assinaturas apenas no papel. Temos que atuar na prática para que possamos dar cumprimento a todas as ideias, como estamos fazendo, concretamente, hoje, na adesão a esse projeto.”
Basílio ressaltou que o projeto soluciona o problema das pessoas presas sem documentação. “Está na Lei de Execução Penal que é dever do estado garantir ao preso assistência material, jurídica, saúde, social. A identificação civil é pré-requisito para que essas pessoas possam acessar diversas políticas públicas e serem inseridas, efetivamente, no processo de ressocialização.”
O coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas e juiz auxiliar da Presidência do CNJ, Luis Geraldo Sant’Anna Lanfredi, chamou a atenção ao papel do Estado no processo de reinserção das pessoas que deixam o sistema carcerário. “Nada disso seria possível se o Estado não passasse a ocupar-se dessa obrigação, que é uma obrigação do Estado em garantir, ao menos, a essas pessoas, documentos que lhes permitam acesso a serviços, trabalho, saúde, educação e proteção social.”
Para Lanfredi, o projeto ultrapassa o acesso à documentação. “Nós estamos lidando com uma ação de Estado, buscando conferir mais do que documento e cidadania, mas sobretudo dignidade a essas pessoas, que se faz pela visibilização concreta, real, desses cidadãos. Temos que garantir a essas pessoas que tenham condições de estabilização social. Que elas possam ter a sua estatura social reconhecida, na medida em que passam reconhecidas como tais e não como sujeitos de segunda categoria na nossa sociedade.”
O também juiz auxiliar da Presidência do CNJ Fernando Mello explicou que o projeto adotou o banco de identificação biométrica da Justiça Eleitoral como método preferencial para identificação da população carcerária. Ele avalia que a identificação é fundamental para desenvolvimento de políticas públicas voltadas para aquela população.
“O cadastramento biométrico está inserido em uma estratégia mais ampla de aplicação de tecnologia para qualificar a execução penal e a gestão prisional, pois, além de permitir a promoção da documentação de pessoas privadas de liberdade, esse projeto propiciará a geração de dados mais precisos sobre o universo da população prisional. Com dados mais efetivos sobre essa população teremos condições de conhecer mais esse público e promover políticas públicas mais efetivas e com respostas mais eficazes”, afirmou.
Fonte: TJRJ
The post Judiciário do RJ vai implantar ação de identificação para pessoas presas appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Anoreg RS
O que o podcast ‘A Casa Abandonada’ ensina sobre divisão de herança
01 de agosto de 2022
A herança de uma pessoa é a soma de todo o patrimônio conquistado ao longo da vida, como investimentos, imóveis,...
Anoreg RS
Artigo – Novas regras para a alteração do nome
01 de agosto de 2022
A Lei 6015/1973, conhecida como Lei dos Registros Públicos, por longos anos, vem estabelecendo as regras para o...
Anoreg RS
Para municípios, STF cortou caminho errado em tese sobre fato gerador do ITBI
01 de agosto de 2022
A conclusão apresentada pelo relator aos colegas foi de que o tema possuía densidade constitucional e potencial...
Anoreg RS
Artigo – Contrato de namoro tem validade jurídica? Se sim, quando e por que fazer?
01 de agosto de 2022
Em conversas informais, é comum ouvir que o contrato de namoro não é válido, pois eventualmente serve apenas...
Anoreg RS
Artigo – Insegurança sobre rito do ITBI afeta municípios, cartórios e contribuintes
01 de agosto de 2022
O enunciado foi fixado pelo Supremo Tribunal Federal em julgamento com repercussão geral, em fevereiro de 2021.