NOTÍCIAS
Segurança institucional do Judiciário avança com inauguração de Academia
22 DE JUNHO DE 2022
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) inaugurou nesta terça-feira (21/6) a Academia Nacional de Segurança Institucional do Poder Judiciário. O órgão se destina a preparar os agentes da Polícia Judicial, assim como prestar capacitação continuada aos magistrados e servidores do Poder Judiciário na área de segurança e inteligência. A criação da Academia é um desdobramento prático das resoluções que o CNJ editou nos últimos anos para consolidar a política e o sistema nacional de segurança do Poder Judiciário, além de regulamentar a polícia judicial.
Na cerimônia de lançamento, o conselheiro Luiz Philippe Vieira de Mello destacou a importância da iniciativa tanto para a segurança dos magistrados quanto para a sociedade e a democracia brasileiras. De acordo com Vieira de Mello, o diálogo estabelecido com outras forças policiais, como a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, foi decisivo para dar forma ao projeto. “Que seja a Academia Nacional de Segurança do Poder Judiciário um órgão permanente de aperfeiçoamento, capacitação e sobretudo de comunicação com os diversos órgãos de segurança para que possamos levar nosso país adiante, com sua democracia intacta e ilesa”, afirmou.
O secretário Especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica, Marcus Livio Gomes, lembrou as origens da Academia no projeto-piloto iniciado há 10 anos, no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), chamado Grupo Especial de Segurança da corte, no estado do Rio de Janeiro, e o apoio do presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, à institucionalização da segurança do Poder Judiciário. “O ministro Fux encampou não só a ideia de uma polícia judicial como a ideia de uma política judiciária de segurança institucional”, afirmou.
Nos últimos anos, o CNJ editou normativos para regulamentar as atividades de segurança institucional nas dependências do Poder Judiciário. Em setembro de 2020, o Conselho publicou a Resolução CNJ n. 344, que instituiu a polícia judicial. Em outubro de 2021, a Resolução CNJ n. 435 consolidou a política e o sistema nacional de segurança do Poder Judiciário. Desde então, o CNJ já formou 161 agentes da Polícia Judicial de todo o país, em curso ministrado na Academia da Polícia Federal, em Brasília, promoveu uma capacitação na Escola de Inteligência do Exército Brasileiro para 30 policiais judiciais e capacitou 160 agentes em um método de análise de risco para os magistrados.
De acordo com o diretor do Departamento de Segurança Institucional do Poder Judiciário (DSIPJ/CNJ), Luiz Octávio de Carvalho Penna, a inauguração da Academia é “uma conquista do Poder Judiciário” que reflete um esforço por “padronizar e uniformizar” os serviços de segurança institucional da Justiça. A Academia já ocupa parte das dependências de uma das sedes do CNJ, na Asa Norte, em Brasília. Após a cerimônia de lançamento, o chefe da Divisão de Segurança do CNJ, Rogério Rocha Triani, apresentou as autoridades presentes às instalações.
Além de um auditório, a Academia conta com salas de cenário para simular situações reais que vão demandar intervenção da polícia judicial – uma delas reproduz a disposição de uma sala de audiência em um fórum. O órgão também tem um refeitório, uma área para exercícios físicos, vestiários e um tatame para aulas práticas de defesa pessoal policial. De acordo com Triani, atualmente, a variedade de ameaças ao Poder Judiciário inclui desde as armas apreendidas em fóruns até ataques de hackers.
A Resolução CNJ n. 435 prevê a formação e da capacitação “dos servidores da polícia judicial, mas também de magistrados e magistradas em temas relacionados. Essa abrangência das ações de segurança institucional explica o nome da Academia não ser restrita aos agentes e inspetores da polícia judicial, de acordo com o secretário de Segurança do Supremo Tribunal Federal, Marcelo Canizares Schettini Seabra. “É uma academia para a polícia judicial, mas aqui também vamos atender aos magistrados e aos oficiais de justiça, que enfrentam situações de risco no exercício de suas funções”, afirmou.
Texto: Manuel Carlos Montenegro
Edição: Thaís Cieglinski
Agência CNJ de Notícias
The post Segurança institucional do Judiciário avança com inauguração de Academia appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Anoreg RS
Terceira Turma do STJ admite cessão de direitos de imóvel arrendado por meio do PAR e fixa requisitos de validade
22 de julho de 2022
O casal pediu em juízo a declaração de validade do contrato particular de cessão de direitos, a fim de ser...
Anoreg RS
Artigo: Assinatura digital de contratos e a dúvida sobre a necessidade de duas testemunhas – Por Yan Viegas da Silva e Fernanda Magni Berthier
22 de julho de 2022
Dentre os títulos executivos extrajudiciais, a hipótese prevista no inciso III, de "documento particular assinado...
Anoreg RS
Artigo: A advocacia extrajudicial e a coerente redução da judicialização – Por Elizabeth Pinsani
22 de julho de 2022
Esse artigo trata de uma evolução histórica da resolução de litígios, de forma legal, porém, fora do...
Anoreg RS
Artigo: Qual é seu nome? – Por Ronan Wielewski Botelho
22 de julho de 2022
A aludida alteração legislativa permite que qualquer pessoa, após atingir a maioridade civil, tenha o direito de...
Portal CNJ
Acervo histórico do Judiciário maranhense terá acesso digital
22 de julho de 2022
Vem do Maranhão a história de uma escrava africana que, por meio de seu trabalho, conseguiu sua liberdade e...