NOTÍCIAS
Audiência pública: Desvalorização do feminino deve ser enfrentado no combate ao feminicídio
28 DE ABRIL DE 2023
O Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero, editado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para evitar preconceito ou repetição de estereótipos nos julgamentos em que as mulheres são vítimas, ou mesmo acusadas, foi apresentado à Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, na Câmara dos Deputados. Na quinta-feira (27/4), a juíza auxiliar da Presidência do CNJ Amini Haddad ressaltou a desqualificação da figura da mulher na sociedade.
“A realidade social é muito drástica com relação a essa desqualificação do feminino, essa cultura que coisifica a existência da mulher”, afirmou. A representante do CNJ na audiência pública reiterou acreditar que o feminicídio é uma exteriorização extrema de um cenário social de desvalorização do feminino. “Estamos aqui falando do controle do feminicídio e, na verdade, devemos compreender que antes do feminicídio, existem diversas exclusões sociais e violações de direitos até a ocorrência desse feminicídio. Ele é o ápice da constatação dessa violência contra a mulher”.
A autora do requerimento para a realização da audiência, a deputada Silvye Alves (União-GO) compartilhou sua experiência pessoal e apontou a importância da prevenção do feminicídio. “Eu sou vítima de um lar de violência doméstica, em que o meu pai tentou matar minha mãe na nossa frente por diversas vezes”, confessou, acrescentando que foi também ela foi vítima. “Eu acho que o feminicídio é totalmente evitável, existe uma escala para o feminicídio”, acrescentou Silvye. Na Câmara, diversas propostas preveem a possibilidade de pagamento de pensão a órfãos de mulheres vítimas de feminicídio (PLs 3781/21, 976/22, 310/23 e outras).
A diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, apresentou dados sobre feminicídio no Brasil, ressaltando que 45% das mulheres que são agredidas, não denunciam seus agressores. “Falar sobre prevenção passa por a gente desmistificar um pouco esse debate sobre gênero e sobre equidade de gênero que me parece que foi muito distorcido no Brasil nos últimos anos”, disse Samira.
Em 2022, 36% dos assassinatos de mulheres foram feminicídios. O número representa um crescimento de 5% em relação a 2021.De acordo com a Lei 13.104/15, feminicídio é o assassinato de mulheres em contexto de violência doméstica e familiar ou por menosprezo ou discriminação à sua condição de mulher.
Agência CNJ de Notícias
The post Audiência pública: Desvalorização do feminino deve ser enfrentado no combate ao feminicídio appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Anoreg RS
XIV Encontro Notarial e Registral do RS: últimos dias para garantir os valores do 2º lote de inscrições
12 de abril de 2023
As inscrições estão disponíveis no site www.encontronotarialeregistral.com.br.
Anoreg RS
Empresa de tecnologia financeira para cartórios oferece integração via API
12 de abril de 2023
Sistema de pagamentos da Parcela Express pode ser integrado ao sistema operacional, site ou central eletrônica...
Portal CNJ
Inovação em sustentabilidade e meio ambiente serão o foco do Prêmio Juízo Verde 2023
12 de abril de 2023
verdeO Conselho Nacional de Justiça (CNJ) distinguirá, pelo segundo ano consecutivo, iniciativas inovadoras para...
Portal CNJ
CNJ e Enfam debatem dignidade e Diretos Humanos
12 de abril de 2023
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) promove, nos dias 18 e 19 de abril, o Seminário Dignidade Humana – A...
Portal CNJ
Fórum nacional de corregedores-gerais solicitam apoio contra conflitos fundiários
12 de abril de 2023
Integrantes do Fórum Fundiário Nacional de Corregedores-gerais da Justiça se reuniram na segunda-feira (10/4), no...