NOTÍCIAS
Cartórios e inteligência artificial: uma realidade do século XXI
04 DE MAIO DE 2023
Por Miguel Rocha Junior*
No filme “O Jogo da Imitação” (2014), do diretor Morten Tyldum, o matemático Alan Turing (Benedict Cumberbatch) lidera uma equipe durante a Segunda Guerra Mundial, quando o Governo britânico tem como meta quebrar o famoso código utilizado pelos alemães para enviar mensagens aos seus submarinos.
Mesmo sem computadores, tecnologias avançadas e acesso à internet, a história, baseada na realidade, é perfeita para ilustrar a gênese de toda a transformação provocada pelo uso da Inteligência Artificial (IA) nos dias de hoje.
Embora alguns especialistas apontem que a IA pode gerar o desemprego e a precarização do trabalho em países de todo o mundo, ela também pode servir como uma aliada no processo de automação, incluindo os cartórios extrajudiciais nessa tecnologia disruptiva do século XXI.
A revolução digital já começou e envolve inúmeros programas e aplicativos atrelados a IA, como o ChatGPT, programa que tem a capacidade de escrever respostas rapidamente para uma ampla gama de perguntas.
Os cartórios, assim como entidades públicas e privadas, devem investir e desenvolver um entendimento sobre a IA, passando pelo aprimoramento do profissional, com cursos, workshops ou, até mesmo, buscando um diploma avançado.
Outra estratégia válida é desenvolver habilidades que a complementem e incluem criatividade, inteligência emocional, pensamento crítico e resolução de problemas complexos e não estruturados.
Já há inúmeras empresas que oferecem algumas ferramentas para a área de compliance. No âmbito institucional e corporativo, compliance é o conjunto de disciplinas para fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da instituição ou empresa, bem como evitar, detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade que possa ocorrer.
Por último, podemos dizer que os cartórios podem aprender a colaborar mais com a IA, pois inúmeras tecnologias utilizadas nos dias de hoje já substituíram tarefas humanas realizadas antigamente.
Por exemplo, pode-se investir em análise de dados, fundamental para mapear interesses e motivações dos consumidores, diminuindo a necessidade de perguntar, frequentemente, as mesmas informações e de aprofundar a geração de ofertas mais assertivas de acordo com os dados coletados nos diversos locais onde os usuários deixam rastros digitais. A inteligência de dados impacta não apenas na forma como interagimos com tecnologia, mas, principalmente, como estruturamos as novas ofertas a partir dos gostos e hábitos dos consumidores.
A inteligência artificial já é uma realidade. Basta fazer parte dela.
*Miguel Rocha Junior é um dos fundadores da Escriba Informatização Notarial e Registral, além de CEO da empresa.
Outras Notícias
Portal CNJ
Corregedor nacional participa de ações para população indígena no Amazonas
24 de abril de 2023
O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, esteve, pela primeira vez, no município de São...
Portal CNJ
Justiça do Amazonas anuncia parceria com o Sebrae para capacitação de vítimas
24 de abril de 2023
O Tribunal de Justiça do Amazonas, por meio da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência...
Portal CNJ
CNJ e TJBA lançam Manual de Atendimento a Pessoas com Transtorno do Espectro Autista
24 de abril de 2023
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA) promovem, no próximo dia...
Portal CNJ
CNJ altera tempo de guarda dos processos
21 de abril de 2023
A temporalidade dos processos das Classes Processuais da Justiça Estadual, da Federal, do Trabalho, da Militar...
Portal CNJ
Projeto do CNJ para implantar Justiça Restaurativa em escolas começa em Planaltina (DF)
21 de abril de 2023
A mais antiga região administrativa da capital federal protagoniza iniciativa inovadora, apoiada pelo Conselho...