NOTÍCIAS
Segurança jurídica e financeira: CNJ e AGU iniciam conversa sobre gestão de precatórios
31 DE MARçO DE 2023
A criação de um sistema nacional que aprimore a gestão dos precatórios no país, conferindo maior segurança às operações que envolvam a utilização desses créditos foi o tema principal do encontro entre o presidente do Fórum Nacional de Precatórios do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), conselheiro Marcio Freitas, o conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello, também membro do Fórum, o ministro Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradora-Geral da Fazenda Nacional, Anelise Lenzi Ruas de Almeida. A reunião ocorreu na quarta-feira (29/3), na sede da AGU, em Brasília.
“A criação de um sistema de processamento e gestão de precatórios é importante para garantir padronização e uniformidade no tratamento dessa questão pelos tribunais, diminuindo a possibilidade de erros e tornando mais efetivo e seguro o pagamento das dívidas judiciais do poder público”, afirmou o presidente do Fórum Nacional, conselheiro Marcio Freitas, em relação a criação e ao desenvolvimento do sistema de validação dos precatórios.
A Emenda Constitucional nº 114, publicada no final de 2021, previu a utilização de precatórios para diversas finalidades como quitação de débitos inscritos em dívida ativa, compra de imóveis públicos, pagamentos de outorgas de concessões, abatimento de dívidas tributárias, entre outros. No entanto, para que isso possa ser feito de forma mais eficiente e segura, é necessário que um sistema valide os precatórios, além de indicar os valores líquidos disponíveis.
“Quando é aceito um precatório para pagar uma dívida ou uma outorga de licitação, por exemplo, a União tem que ter certeza de que aqueles valores ali estão, de fato, disponíveis. Para isso ocorrer de forma confiável, a regulamentação da Emenda Constitucional previu a criação da Certidão de Valor Líquido Disponível (CVLD) para expedi-la automaticamente. É esse sistema que precisa ser desenvolvido”, explicou o conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello.
O conselheiro reforçou que o desenvolvimento do sistema para aprimorar a gestão dos precatórios é de interesse de todos: da União, que precisa saber o que vai receber como crédito; do credor do precatório, que pode provar o valor líquido disponível para poder negociar; e também de interesse do mercado financeiro porque, com frequência, são eles – bancos e financeiras –, que vão comprar os precatórios, pagando deságio ao credor de antemão, para poder usar esse precatório em algum outro tipo de transação.
Texto: Regina Bandeira
Edição: Karina Berardo
Agência CNJ de notícias
The post Segurança jurídica e financeira: CNJ e AGU iniciam conversa sobre gestão de precatórios appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Anoreg RS
Artigo – Imóvel de empresa mista que presta serviço público é impenhorável, decide STJ – por Danilo Vital
11 de maio de 2023
O regime dos precatórios é plenamente aplicável às sociedades de economia mista prestadoras de serviço público...
Anoreg RS
STJ nega rever tese sobre resolução de compra de imóvel por alienação
11 de maio de 2023
Em outubro, a 2ª seção do STJ firmou tese que estabelece que a resolução, por falta de pagamento, deverá...
Anoreg RS
Divórcio liminar, jurisprudência uniforme e relevância, confira tema em artigo da 55ª Revista IBDFAM
11 de maio de 2023
Os autores defendem a necessidade de uma jurisprudência estável, íntegra, coerente e uniformizada acerca do...
Portal CNJ
Amazonas já registra mais de 4 mil atendimentos na Semana Nacional do Registro Civil
11 de maio de 2023
Uma menina de 8 anos, moradora da zona rural de Manaus, conseguiu a sua Certidão de Nascimento e, pela primeira...
Portal CNJ
Memória da Justiça: tribunais debatem papel do Judiciário na história nacional
11 de maio de 2023
Por meio do acesso ao patrimônio cultural preservado pelas instituições, o Poder Judiciário se alinha à agenda...