NOTÍCIAS
Tribunais vão trocar experiências no 1.º Encontro sobre Justiça Restaurativa em Tocantins
14 DE AGOSTO DE 2023
“Daqui a alguns anos, pode ser que a cultura do Judiciário seja mais voltada para a paz do que para o conflito”, almejou o conselheiro e coordenador do Comitê Gestor de Justiça Restaurativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Vieira de Mello Filho. Ele expressou o desejo durante live transmitida pelo canal do CNJ no YouTube, na última quarta-feira (9/8), acompanhada por mais de 700 pessoas, que teve como foco a divulgação do 1.º Encontro Nacional de Justiça Restaurativa na Educação, uma parceria entre o CNJ e o Tribunal de Justiça de Tocantins (TJTO), que ocorre no período de 23 a 25 de agosto.
Ao lado do conselheiro, participaram da transmissão os integrantes do Comitê, o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) Leoberto Narciso Brancher, a juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) Jurema Carolina da Silveira Gomes e o juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) Egberto Penido. Além de chamar o público para conversar sobre Justiça Restaurativa na Educação, os participantes aproveitaram a ocasião para convidar todos os ouvintes para o evento em Tocantins.
“O Encontro vai propiciar também a troca de experiências entre os tribunais quanto à implantação do método de solução de conflitos nas escolas públicas”, destacou a juíza Jurema, que aproveitou para anunciar algumas das presenças nacionais e internacionais confirmadas, como a da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, ministra Rosa Weber, além da professora Katherine Evans, Ph.D. em psicologia educacional e pesquisa pela Universidade do Tennessee, em Knoxville, que vai ministrar a palestra “A potência da Justiça Restaurativa na Educação” e o professor João Salm, do Departamento de Justiça Criminal da Governors State University, em Chicago (EUA). Ele vai proferir a palestra “O duto escola – prisão na experiência norte-americana”.
Vieira de Mello Filho destacou, ainda, que, ao ser convidado para coordenar o Comitê, em 2022, passou a conhecer os profissionais do Judiciário que lidam com a questão. “Conheci o que representava o tema para o país, para nós como princípio basilar da existência, que é a capacidade de ouvir, dialogar, respeitar, se ver no lugar do outro, estender a mão, ser solidário”, resumiu. O conselheiro disse que, com essa vivência, percebeu o que a metodologia precisava ser levada para a sociedade, além dos muros do Judiciário.
Projeto-piloto
A partir de experiências desenvolvidas em tribunais paulista, gaúcho e paranaense, surgiu o projeto-piloto com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). Essa ação foi ampliada e apresentada ao Ministério da Educação, ressaltou Vieira de Melo.
Ele lembrou que a ministra Rosa Weber também foi sensibilizada pelo tema. “Em sua visão humanística e civilizatória, declarou 2023 como o Ano da Justiça Restaurativa nas Escolas, entendendo que essa era uma ação necessária de ser executada, materializando a Resolução CNJ n. 458 de 2022”, salientou. Esse ato normativo dispõe sobre a Política Nacional de Justiça Restaurativa no âmbito do Poder Judiciário.
Texto: Margareth Lourenço
Edição: Jônathas Seixas
Agência CNJ de Notícias
The post Tribunais vão trocar experiências no 1.º Encontro sobre Justiça Restaurativa em Tocantins appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Anoreg RS
Cartórios extrajudiciais atingidos em Roca Sales e Muçum estão com o acervo documental seguro
19 de setembro de 2023
Todos os serviços de competência dos referidos cartórios poderão ser solicitados por meio das centrais...
Anoreg RS
Jornal de Brasília – Câmara pode votar hoje PL que proíbe união homoafetiva
19 de setembro de 2023
Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou as relações entre pessoas do mesmo sexo às uniões estáveis...
Anoreg RS
Comissão debate marco temporal da ocupação de terras indígenas e seus impactos nos biomas brasileiros
19 de setembro de 2023
O debate atende a requerimento da deputada Célia Xakriabá (Psol-MG).
Anoreg RS
Adjudicação compulsória extrajudicial: André Abelha prepara resumo
19 de setembro de 2023
As regras para o processo de adjudicação compulsória pela via extrajudicial estão definidas no provimento 150/23.
Anoreg RS
Prova de propriedade afasta penhora de imóvel sem registro formal
19 de setembro de 2023
Apartamento estava em nome do antigo proprietário, devedor trabalhista, mas 3ª câmara do TRT-12 considerou que...